Não confunda questionar com reclamar

Cuidado para não ser um simples \"reclamão\"

Cuidado para não ser um simples \”reclamão\”

Uma das modas corporativas é ser o profissional questionador. Afinal, este é o mantra das empresas \”inovadoras\”. Precisamos fazer diferente;  então questionamos tudo o que vemos pela frente pois é \”bacana\” questionar. 

Há alguns fundamentos para este pensamento. Steve Jobs não se contentava com o status quo e elevou a Apple para outro patamar. Albert Einstein é a referência no mundo das ciências, sempre questionando o porquê das leis naturais. 

O problema é confundir questionar com reclamar. Assim, para disfarçar a reclamação, o chato usa um vocabulário sofisticado, com frases como \”quero desafiar\” ou \”precisamos pensar diferente\”. Mas como diz Warren Berger no livro Uma Pergunta mais Bonita, o bom questionador se questiona a si mesmo, e não os outros. Como eu posso fazer diferente? Como eu posso ser protagonista? 

Einstein não ficava enchendo o saco de ninguém, questionava apenas as leis da natureza. Jobs era o próprio dono da empresa e participava ativamente das soluções. 

Assim, enquanto você está orgulhoso por se considerar um questionador, as pessoas acham que você está, na verdade, é um chato que não agregar nada. E se tem uma coisa que a gente mais detesta é o reclamão ou resmungão.

Abre o olho, pavão — você não é Jobs nem Einstein. 


REFERÊNCIAS
BERGER, W. Uma pergunta mais bonita. Editora Goya. 2019