O emprego ideal e as partes chatas

Os elementos do trabalho gratificante e seus conflitos

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Os elementos do trabalho gratificante e seus conflitos

Criei a série CARTAS A UM JOVEM EXECUTIVO para oferecer insights sobre vários tópicos da vida corporativa, desde os mais abstratos, como propósito, resiliência, relacionamentos, autoconsciência, fracasso, aprendizado, até os mais práticos, como persuasão, negociação, incentivos, tomadas de decisão, raciocínio crítico, entre outros.

Nesta carta número #1, O EMPREGO IDEAL E AS PARTES CHATAS, comento a busca eterna pelo trabalho gratificante, as inevitáveis frustrações e como lidar com isso. Se você conhece um jovem executivo ou estudante universitário, recomende esta carta. Entretanto, se você tem espirito jovem, ainda é curioso e quer refletir sobre o seu propósito e emprego ideal, leia também e comente.

Prezado Fernando,

Eu escuto muitos conselhos como “busque seu sonho” e “persiga seu propósito”, mas fico desconfiado de que se trata de algo inatingível. Trabalho em uma área estratégica de uma empresa moderna e possuo desafios relevantes. Entretanto, por muitas vezes, eu me sinto um peixe fora d’água, com tarefas muito chatas. Está faltando algo, não me sinto totalmente satisfeito. Não sei se peço demissão. Meus amigos reclamam a mesma coisa sobre outras empresas. O que você tem a dizer?

– A.G.P.

Prezado A.G.P.,

Todo mundo quer o emprego dos sonhos, mas poucos encontram. Um dos autores mais lúcidos que já li sobre a idealização do trabalho e respectivas frustrações é Roman Krznaric.

Segundo ele, o desejo de encontrar realização no trabalho – uma atividade que proporcione um verdadeiro senso de propósito e reflita nossos valores, paixões e personalidade – é uma invenção moderna. O termo fullfilment (realização, satisfação) não aparecia ate 1755 no dicionário americano. Até a algum tempo atrás, a maior parte da população estava ocupada lutando para atender as necessidades de subsistência e por empregos para se aposentar. Já hoje, na era da realização, o grande sonho é trocar dinheiro por um sentido de vida.

Entretanto, estamos longe desta realização. Krznaric mostra que, em pesquisas recentes na Europa, 60% dos trabalhadores escolheriam uma carreira diferente se tivessem a opção de começar tudo de novo. Nos Estados Unidos, 55% estão insatisfeitos, o pior nível desde que essas estatísticas começaram a ser publicadas duas décadas atrás. Você não está sozinho.

Mas será que é realmente possível encontrar um trabalho em que possamos prosperar e nos sentir realmente vivos? Será que se trata de um ideal utópico reservado para os poucos?

Baixe o PDF e leia o artigo inteiro. Confira os quatro elementos de um trabalho gratificante, os conflitos entre eles, porque o “propósito” não basta e o papel da autoconsciência para equacionar os problemas e conseguir ser feliz.

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Quer ler mais sobre a série CARTAS A UM JOVEM EXECUTIVO?

Clique na carta # 2 Reclamação e trabalho duro e leia sobre as pessoas chatas no trabalho e como encarar os problemas de frente sem ser um reclamão.