Quem decidiu que seria o suficiente?
Você está sentado em um sofá preto no saguão de um bom teatro. O sofá está rachado e descascando, com sete tiras de fita adesiva preta segurando-o junto, para não cair aos pedaços. Você não precisa ser um arquiteto de interiores para ver que o emaranhado de fita foi desenvolvido ao longo do tempo, pouco a pouco, fita a fita, pedaço a pedaço.
A questão é: quem foi a primeira pessoa que decidiu consertar o sofá com a primeira fita? As demais pessoas em diante fizeram uma coisa natural — aqui está um sofá, já existe uma fita, então vamos mantê-lo o melhor que pudermos.
Mas e a primeira fita? A primeira pessoa decidiu que estava tudo bem para este teatro ter um sofá com fitas. A primeira pessoa não fez o esforço para alertar os gestores, não insistiu em obter o sofá reparado corretamente.
A primeira pessoa decidiu: “isso é bom o suficiente por enquanto“.
Fica o pensamento para você: não seja essa primeira pessoa (a não ser que o sofá seja apenas seu — não para clientes…)