Ele não se transformou em um monstro
O livro Calma, do The School of Life, pede uma reflexão antes de sair reclamando. Suponha que, quando vocês vão para o aeroporto, seu parceiro sempre queira sair cedo demais. Ele não para de lhe pedir que se apresse, mas na verdade há tempo de sobra. Isso enlouquece você, porque vai ficar um tempão à toa na sala de embarque. Seu primeiro impulso é achar ele é impositivo e idiota. O que custa relaxar e ser legal? Você fica de má vontade e quer gritar para ele não seja ridículo. Ele fica angustiado. Você também.
A outra opção é identificar a qualidade dele que, infelizmente, está se mostrando como um ponto fraco nessa ocasião. Em outras áreas da vida, ele não costuma deixar as coisas ao acaso, o que é ótimo. Quando ele diz que vai fazer alguma coisa, ele fará. Quando marca um encontro, chega na hora. Ele é ótima para organizar a vida e a geladeira está sempre bem abastecida.
Essa mudança de interpretação não faz o defeito incômodo sumir, nem significa que ele não possa fazer nada para ser uma pessoa melhor. Mas indica que não estamos limitados à visão desoladora de nosso parceiro. Ele não se transformou num monstro. Ele é uma pessoa legal que está apenas mostrando o lado negativo de uma das suas melhores qualidades.
Pense nisso quando você for dar feedback sobre um comportamento de um funcionário.